Neste post resolvi fazer uma pequena compilação de informação que foi-me possível assistir numa conferência (quadro do ciclo do crescimento do pinheiro - por Mário Komsta) e ler em alguns artigos (como Two needle Pine Care Basics - Hans Van Meer).
O crescimento e desenvolvimento de um pinheiro, embora também seja uma verdade para outras espécies como folhosas, baseia-se no equilíbrio da energia da planta. Neste caso específico, torna-se mais relevante pois as actividades de pinçagem e limpeza de agulhas, poda de velas e selecção de gomos são actos que potenciam o crescimento ordenado e melhoram saúde da árvore. Um dos objectivos base da manutenção é identificar as zonas fortes e a zonas fracas (partes internas e de menor exposição solar) de forma a que se evite a perda de ramos e se melhor e a igualdade de desenvolvimento e características de árvore. Este potenciar do desenvolvimento da planta também pode ser melhorado através de uma modelação bem estruturada e da orientação da velas para cima. Os pinheiros são trabalhados de forma a antever uma resposta que por vezes só se torna mais expressiva ou notória no ano seguinte.

No quadro apresentado, o ciclo de crescimento do pinheiro, podemos observar que nos primeiros dois meses (Janeiro e Fevereiro), a planta passa de uma fase de dormência para o início da sua fase de actividade, sendo possível observar o crescimento mais expressivo da vela nos meses de Março e Abril. Nesta fase devemos iniciar um processo de selecção e poda de velas.
O processo de poda de velas é essencial para o reequilibrar as forças do pinheiro. Esta remoção pode ser feita através da pinçagem (utilizando os dedos indicador e polegar), com cuidado para executar um corte limpo de 2/3 a 3/4 da vela (dependendo da força da zona em que estamos a operar, forte ou média). A remoção das velas varia conforme os objectivos desejados, mas deve ser feita assim que as novas agulhas que começam a abrir se tornam duras. Inicialmente esta operação deve ser feita na zona de força média e 10 a 14 dias depois numa zona forte, sendo que não devemos mexer nas velas mais fracas.
Após a fase de crescimento das agulhas deste ano, no final do mês de Julho podemos fazer a sua remoção (recorrendo a uma tesoura de poda), de forma a deixar um pequeno toco para facilitar o retrocesso de seiva para gomos mais atrás ou para potenciar o aparecimento de novos gomos. Neste último caso, e se necessário for, devemos fazer uma selecção deixando os dois mais fortes nas zonas de força média e os dois mais fracos nas zonas de maior força. Após esta fase deixamos a árvore desenvolver-se livremente.
No final do Outono, devemos fazer uma limpeza de agulhas. Nos pinheiros silvestres, essa remoção promove o back-budding. Nesse processo tente remover as agulhas velhas (do ano anterior) e sem danificar a casca. Deixe 5 a 6 pares de agulhas na zonas fortes, e passado duas semanas faça o mesmo na zonas de força intermédia, deixando cerca de 8 a 10 pares de agulhas, mais uma vez não toque na zona fraca.
É claro que devemos aprender a observar as árvores e dependendo dos nossos locais de cultivo estes timmings podem variar ligeiramente. Também nunca será demais referir que estas actividades devem ser feitas tendo em conta o estado de saúde da árvore.