quinta-feira, dezembro 1

Picea abies










































































Um trabalho já realizado há pouco tempo, para além da manutenção habitual e necessária desta árvore fiz algumas alterações na sua modelação anterior. Embora mantendo o duplo tronco, resolvi criar uma relação de "pai e filho" mais evidente. Já no próximo ano irei transplantar esta árvore e corrigir um pouco a sua posição, pois com esta alteração terei que rodar um pouco o bonsai.

domingo, novembro 13

Quercus Suber




















Aqui fica o estado actual da reestruturação deste sobreiro. Felizmente, durante a fase de crescimento surgiu uma rebentação que irá permitir criar um primeiro ramo, que penso melhorar o desenho da árvore.

segunda-feira, outubro 24

Junipero




















Aqui fica o resultado final após uma desaramação total, selecção e aclaramento estrutural. Nesta fase foi-me possível seleccionar e definir melhor a estrutura e os patamares da árvore. Com a nova aramação, alguns ramos mais jovens terão de amadurecer (no lado direito da árvore), para criar uma estrutura melhor e eventualmente acrescentar alguns jins pelo meio da massa verde.

sexta-feira, setembro 2

Workshop de Bonsai - Parque da Lavanadeira (Gaia)



















O Bonsai Clube do Porto, irá realizar um Workshop de Bonsai no Parque da Lavandeira dia 24 de Setembro. Poderá trabalhar uma árvore e depois levá-la embora consigo.
Inscreva-se!
Mais informações e inscrições em geral@bonsaiclubedoporto.com

sexta-feira, julho 22

Quercus robur






































Já há algum tempo eliminei o primeiro ramo que existia nesta árvore. Era algo que já havia pensado fazer mas intensificou-se na exposição do Bonsai Clube de Porto quando eu e o Mário estivemos a falar um pouco sobre esta árvore.

Deixo-vos aqui o resultado que penso ser positivo e que futuramente vai potenciar mais a base do tronco.

Pinheiro silvestre
























































Antes

Aqui deixo algumas imagens do bom desenvolvimento que esta simples árvore apresentou. Nesta fase houve a preocupação da densificação e desenvolvimento estrutural, onde o back-budding apresenta-se satisfatório. Contrariamente ao inicialmente definido, preferi esperar para uma melhor recuperação da árvore, futuramente irei aprimorar a modelação e irei começar a tentar potenciar o tronco, tendo em conta que ele tens alguns asptectos que serão um desafio.

domingo, julho 10

Obras 3




















































Não querendo ser repetitivo, aqui fica o estado actual do meu espaço (dividido com outra pessoa). Por vezes é mesmo agradável rever o trabalho que fizemos e apreciar os detalhes do espaço que aos poucos criamos e ao qual dedicamos uma boa parte do nosso tempo livre.

quinta-feira, julho 7

Carpinus bestulus




















Este é o meu primeiro e até agora o meu único Carpinus. Realmente é uma planta extremamente vigorosa e com crescimento bastante bom. Aqui fico o resultado depois de desfoliado e de uma pequena poda, pois como devem ter percebido pela a ausência de publicações, não consegui fazer grandes trabalhos. Por um lado foi bom pois o "crescimento livre" das plantas por vezes é positivo para facilitar recuperações ou potenciar melhores respostas. Com este trabalho, para além da substituição de folhas (mais pequenas e equilibradas entre si), espero aumentar um pouco mais a ramificação.

quarta-feira, julho 6

Olea europea











































Após a primeira modelação mais exaustiva que resultou num trabalho de madeira morta substancial, esta oliveira começa a mostrar sinais de recuperação.

Na primeira modelação elaborada, a planta sentiu-se um pouco, mesmo com protecção da pouca massa verde que tinha, esta não resistiu ao trabalho de madeira morta (fresa, queima da madeira e sandblasting), chegando mesmo a morrer. Nesta fase de recuperação para preparar a planta para as próximas fases de modelação aproveito para analisar, estudar e definir de forma mais consciente as futuras intervenções e características a evidenciar desta planta.

segunda-feira, maio 9

Bonsai Clube do Porto | Exposição anual















































A exposição do Bonsai Clube do Porto realizada no passado sábado (7 de Maio) apresentou um nível bastante aceitável. Acolhida nos claustros da biblioteca municipal do Porto, foi um espaço interessante visitado por entusiastas desta arte, turistas ou simples utilizadores da biblioteca que curiosamente paravam e observavam as árvores expostas.

Comparativamente às exposições dos anos anteriores, a melhoria é notória o que me orgulha bastante, sendo eu um dos sócios fundadores deste clube. Será de destacar o interesse do público pela demonstração realizada pelo Paulo Sampaio (com apoio do Mário Eusébio). Fruto do esforço e ambiente de amizade entre os elementos, gostaria de dar os parabéns a todos os envolvidos pelo evento e pela evolução apresentada.

domingo, abril 24

Ciclo de crescimento do pinheiro

Há cerca de 2 anos que o meu interesse por pinheiros tem vindo a aumentar. No início, no universo de coníferas, os pinheiros era um segmento que achava visualmente interessante mas ficava muito mais fascinado com outras espécies como os juníperos.

Neste post resolvi fazer uma pequena compilação de informação que foi-me possível assistir numa conferência (quadro do ciclo do crescimento do pinheiro - por Mário Komsta) e ler em alguns artigos (como Two needle Pine Care Basics - Hans Van Meer).

O crescimento e desenvolvimento de um pinheiro, embora também seja uma verdade para outras espécies como folhosas, baseia-se no equilíbrio da energia da planta. Neste caso específico, torna-se mais relevante pois as actividades de pinçagem e limpeza de agulhas, poda de velas e selecção de gomos são actos que potenciam o crescimento ordenado e melhoram saúde da árvore. Um dos objectivos base da manutenção é identificar as zonas fortes e a zonas fracas (partes internas e de menor exposição solar) de forma a que se evite a perda de ramos e se melhor e a igualdade de desenvolvimento e características de árvore. Este potenciar do desenvolvimento da planta também pode ser melhorado através de uma modelação bem estruturada e da orientação da velas para cima. Os pinheiros são trabalhados de forma a antever uma resposta que por vezes só se torna mais expressiva ou notória no ano seguinte.




















No quadro apresentado, o ciclo de crescimento do pinheiro, podemos observar que nos primeiros dois meses (Janeiro e Fevereiro), a planta passa de uma fase de dormência para o início da sua fase de actividade, sendo possível observar o crescimento mais expressivo da vela nos meses de Março e Abril. Nesta fase devemos iniciar um processo de selecção e poda de velas.

O processo de poda de velas é essencial para o reequilibrar as forças do pinheiro. Esta remoção pode ser feita através da pinçagem (utilizando os dedos indicador e polegar), com cuidado para executar um corte limpo de 2/3 a 3/4 da vela (dependendo da força da zona em que estamos a operar, forte ou média). A remoção das velas varia conforme os objectivos desejados, mas deve ser feita assim que as novas agulhas que começam a abrir se tornam duras. Inicialmente esta operação deve ser feita na zona de força média e 10 a 14 dias depois numa zona forte, sendo que não devemos mexer nas velas mais fracas.

Após a fase de crescimento das agulhas deste ano, no final do mês de Julho podemos fazer a sua remoção (recorrendo a uma tesoura de poda), de forma a deixar um pequeno toco para facilitar o retrocesso de seiva para gomos mais atrás ou para potenciar o aparecimento de novos gomos. Neste último caso, e se necessário for, devemos fazer uma selecção deixando os dois mais fortes nas zonas de força média e os dois mais fracos nas zonas de maior força. Após esta fase deixamos a árvore desenvolver-se livremente.

No final do Outono, devemos fazer uma limpeza de agulhas. Nos pinheiros silvestres, essa remoção promove o back-budding. Nesse processo tente remover as agulhas velhas (do ano anterior) e sem danificar a casca. Deixe 5 a 6 pares de agulhas na zonas fortes, e passado duas semanas faça o mesmo na zonas de força intermédia, deixando cerca de 8 a 10 pares de agulhas, mais uma vez não toque na zona fraca.

É claro que devemos aprender a observar as árvores e dependendo dos nossos locais de cultivo estes timmings podem variar ligeiramente. Também nunca será demais referir que estas actividades devem ser feitas tendo em conta o estado de saúde da árvore.

quinta-feira, abril 14

notas de época



























































Só como um breve apontamento normal desta fase de desenvolvimento, aqui fica a resposta de três árvores. Duas das quais foram transplantadas, embora em fases diferentes ambas vão ser "treinadas" de forma a refinar a ramificação.

quinta-feira, abril 7

Quercus robur






































Uma semana após do início de rebentação já tive que fazer uma poda de manutenção. Mesmo tendo feito uma selecção de brotes para diminuir a força de crescimento apical, tal como é característico dos carvalhos, esse é muito forte. Este ano vou deixar crescer livremente para continuar a engrossar os primeiros ramos. Nos anos anteriores não tive muito sucesso, pois um deles acabou por secar durante o Inverno, o que me obrigou a recomeçar o crescimento do primeiro ramo.

domingo, abril 3

Fagus




















Tal como já tinha referido anteriormente, estava com intenções de melhorar a ramificação do tronco principal e diminuir a altura desta árvore.

Tendo em conta que esta faia não apresentava ramos que possibilitassem utilizar a própria ramificação da árvore, tive que recorrer a outra árvore fazer os enxertos. Este processo diminui alguns de riscos, pois caso fizesse um corte no ramo na altura desejada, a resposta poderia não ser a esperada ou eventualmente poderia correr o risco desse secar, o que impossibilitava a criação de ramificação.

sábado, março 19

Olea sylvestris




















Hoje resolvi fazer uma pequena intervenção nesta oliveira, a remoção do primeiro ramo. A meu ver esse estava a assumir um peso visual muito forte e a diminuir o potencial e o movimento do material. Ou seja, estou a pensar criar o primeiro ramo do lado direito, um pouco mais baixo.

Antes

quarta-feira, março 16

Myrtus (cont.)




















Este ano fiz uma série de transplantes, alguns de manutenção, outros de correcção de posição e mudança de vaso, esta murta foi uma dessas árvores. Esta planta está a ser modelada desde 2009 e apresenta crescimento inscansável (característica normal da espécie), que necessita de um acompanhamento constante para aproveitar o máximo potencial/modelação dos novos rebentos.

A escolha do vaso foi relativamente dificil por várias razões: leque de escolha reduzido (ao vivo), pois inicialmente estava a pensar utilizar uma vaso vidrado branco oval, que penso que ficaria muito bem na fase em que a planta apresenta a sua floração, contudo não encontrei o desejado; Por sua vez o nebari de dimensões consideráveis (que é um factor positivo) tendo em conta a dimensão da planta, tornou o equilibrio de dimensões entre a taça e a pplnata um desafio. Neste caso específico posso dizer-vos que as raízes estão a uma distância reduzida dos limites do vaso.





















Nas próximas etapas, tenho como objectivo desenvolver a ramificação e definir e densificar a massa verde da planta.

quinta-feira, março 3

Carpinus




















Este ano adquiri um Carpinus, cultivado em campo, pelo meu amigo Carlos Costa. O bom cultivo/acompanhamento de crescimento fez com que esta planta (à semelhança das restantes disponíveis) tenha uma boa base de trabalho, pois apresentava ramos a toda a volta do tronco. Realmente acho fascinante a beleza da folhas desta espécie e o modo de crescimento da ramificação, características que lhe dão grande elegância, mesmo quando a árvore apresenta uma estrutura massiva.

Está numa fase inicial de modelação, onde somente fiz uma ligueira selecção dos ramos aquando o transplante feito. Actualmente vou deixá-la crescer para equilibrar a estrutura e relação de dimensão/espessura entre ramos. Vou também iniciar um processo de melhoria do nebari, que apesar de apresentar boas características, penso que poderia ser aprimorado. O objectivo é criar uma estrutura radial mais expressiva e com variação de espessuras entre raízes.

Actualmente a planta está a responder bem ao transplante e iniciou o seu processo de brotação.

domingo, fevereiro 27

Workshop BCP | Luis Vila




















Já está agendada o segundo workshop com o bonsaísta Luis Vila.

segunda-feira, fevereiro 7

obras 2

Após uns meses largos depois anúncio inicial...a coisa andou! Após um dia, de mudança de plantas, limpeza do espaço, cortar, construir e implementar o projecto, este foi o resultado alcançado até então.












































(Antes)

Ainda não está totalmente finalizado, ficam a faltar os seixos no final do estrado (para fazerem alguma retenção de lixos) e umas saias (em ripas) para tapar os tijolos.

Obrigado ao Mário Eusébio pelo empréstimo da ferramentas que tornaram o trabalho mais expedito.

P.S. Do aspecto anterior tenho uma certa saudade dos pinheiros!

quercus faginea




















Aqui fica o resultado do último transplante e poda. Este carvalho ainda está numa fase inicial, para além de algum trabalho de madeira morta e selecção de ramos (que já havia sido feito), esta planta foi reposicionada em vaso. Este ano, vou deixá-lo crescer livremente de forma a criar e equilibrar a estrutura de ramificação mais adequada ao tronco da árvore.

(antes)

domingo, janeiro 23

Workshop Lavandeira




















Workshop de iniciação às técnicas de modelação de Bonsai. Esta iniciativa vai ser da responsabilidade do Bonsai Clube do Porto em parceria com o Parque Biológico.
Vai realizar-se nas instalações do Parque da Lavandeira (Vila Nova de Gaia).

domingo, janeiro 16

O melhor de dois mundos

Para além do bonsai, o surf é algo que faço pelo puro prazer, sendo anterior ao bonsai, ambos partilham elementos comuns. Para além da extrema satisfação, ambos proporcionam o contacto e a descoberta de novos espaços, amigos e experiência em contacto directo com a natureza.

Numa das minhas praias de eleição da costa vicentina, para além das óptimas ondas, posso fazer boas caminhadas e observar fantásticos juníperus. Alguns deles com dimensões consideráveis e madeiras mortas excelentes, faz com que este seja um óptimo local de aprendizagem e estudo de uma das muitas coisas natureza faz de melhor e que nós tentamos mimetizar ou recriar. Em locais como este, aquilo que muitos consideram artificial, forçado ou irreal no bonsai, pode ser visto no seu estado bruto com formas e detalhes incríveis.


































Numa dessas caminhadas, entre surfadas e de alguns períodos de "lagartação", trouxe alguns troncos de junípero que estavam soltos. Este é um deles, no qual resolvi fazer a minha primeira experiência em tanuki. Após abertura do rasgo (alinhado com o veio do madeira) para receber a planta, fiz a fixação de um juníperu jovem que agora vou deixar crescer, de forma a engrossar e abraçar a madeira morta. Já está a ser uma experiência interessante, em alguns aspectos bastante diferente de um processo comum de modelação.