domingo, abril 24

Ciclo de crescimento do pinheiro

Há cerca de 2 anos que o meu interesse por pinheiros tem vindo a aumentar. No início, no universo de coníferas, os pinheiros era um segmento que achava visualmente interessante mas ficava muito mais fascinado com outras espécies como os juníperos.

Neste post resolvi fazer uma pequena compilação de informação que foi-me possível assistir numa conferência (quadro do ciclo do crescimento do pinheiro - por Mário Komsta) e ler em alguns artigos (como Two needle Pine Care Basics - Hans Van Meer).

O crescimento e desenvolvimento de um pinheiro, embora também seja uma verdade para outras espécies como folhosas, baseia-se no equilíbrio da energia da planta. Neste caso específico, torna-se mais relevante pois as actividades de pinçagem e limpeza de agulhas, poda de velas e selecção de gomos são actos que potenciam o crescimento ordenado e melhoram saúde da árvore. Um dos objectivos base da manutenção é identificar as zonas fortes e a zonas fracas (partes internas e de menor exposição solar) de forma a que se evite a perda de ramos e se melhor e a igualdade de desenvolvimento e características de árvore. Este potenciar do desenvolvimento da planta também pode ser melhorado através de uma modelação bem estruturada e da orientação da velas para cima. Os pinheiros são trabalhados de forma a antever uma resposta que por vezes só se torna mais expressiva ou notória no ano seguinte.




















No quadro apresentado, o ciclo de crescimento do pinheiro, podemos observar que nos primeiros dois meses (Janeiro e Fevereiro), a planta passa de uma fase de dormência para o início da sua fase de actividade, sendo possível observar o crescimento mais expressivo da vela nos meses de Março e Abril. Nesta fase devemos iniciar um processo de selecção e poda de velas.

O processo de poda de velas é essencial para o reequilibrar as forças do pinheiro. Esta remoção pode ser feita através da pinçagem (utilizando os dedos indicador e polegar), com cuidado para executar um corte limpo de 2/3 a 3/4 da vela (dependendo da força da zona em que estamos a operar, forte ou média). A remoção das velas varia conforme os objectivos desejados, mas deve ser feita assim que as novas agulhas que começam a abrir se tornam duras. Inicialmente esta operação deve ser feita na zona de força média e 10 a 14 dias depois numa zona forte, sendo que não devemos mexer nas velas mais fracas.

Após a fase de crescimento das agulhas deste ano, no final do mês de Julho podemos fazer a sua remoção (recorrendo a uma tesoura de poda), de forma a deixar um pequeno toco para facilitar o retrocesso de seiva para gomos mais atrás ou para potenciar o aparecimento de novos gomos. Neste último caso, e se necessário for, devemos fazer uma selecção deixando os dois mais fortes nas zonas de força média e os dois mais fracos nas zonas de maior força. Após esta fase deixamos a árvore desenvolver-se livremente.

No final do Outono, devemos fazer uma limpeza de agulhas. Nos pinheiros silvestres, essa remoção promove o back-budding. Nesse processo tente remover as agulhas velhas (do ano anterior) e sem danificar a casca. Deixe 5 a 6 pares de agulhas na zonas fortes, e passado duas semanas faça o mesmo na zonas de força intermédia, deixando cerca de 8 a 10 pares de agulhas, mais uma vez não toque na zona fraca.

É claro que devemos aprender a observar as árvores e dependendo dos nossos locais de cultivo estes timmings podem variar ligeiramente. Também nunca será demais referir que estas actividades devem ser feitas tendo em conta o estado de saúde da árvore.

quinta-feira, abril 14

notas de época



























































Só como um breve apontamento normal desta fase de desenvolvimento, aqui fica a resposta de três árvores. Duas das quais foram transplantadas, embora em fases diferentes ambas vão ser "treinadas" de forma a refinar a ramificação.

quinta-feira, abril 7

Quercus robur






































Uma semana após do início de rebentação já tive que fazer uma poda de manutenção. Mesmo tendo feito uma selecção de brotes para diminuir a força de crescimento apical, tal como é característico dos carvalhos, esse é muito forte. Este ano vou deixar crescer livremente para continuar a engrossar os primeiros ramos. Nos anos anteriores não tive muito sucesso, pois um deles acabou por secar durante o Inverno, o que me obrigou a recomeçar o crescimento do primeiro ramo.

domingo, abril 3

Fagus




















Tal como já tinha referido anteriormente, estava com intenções de melhorar a ramificação do tronco principal e diminuir a altura desta árvore.

Tendo em conta que esta faia não apresentava ramos que possibilitassem utilizar a própria ramificação da árvore, tive que recorrer a outra árvore fazer os enxertos. Este processo diminui alguns de riscos, pois caso fizesse um corte no ramo na altura desejada, a resposta poderia não ser a esperada ou eventualmente poderia correr o risco desse secar, o que impossibilitava a criação de ramificação.